Foto – Catolândia Ba.
O Brasil enfrenta um problema estrutural que impacta diretamente o bolso dos cidadãos e atrasa o crescimento nacional: o inchaço do estado. O país conta com aproximadamente 5.568 municípios, uma das maiores quantidades no mundo, enquanto a China, com uma população muito maior, possui apenas cerca de 660 cidades. Este excesso de municípios gera uma série de gastos desnecessários e impede que recursos sejam usados de maneira mais eficiente.
Vamos citar como exemplo inicial a Bahia: A Bahia, o Estado possui 417 municípios, é uma das 27 unidades federativas do Brasil, têm cidades verdadeiros” minuscípulos” assim poderiam ser denominados de tão pequenos que são. Por exemplo: existem municípios com menos de 5 mil pessoas de tão pequenos. Um exemplo claro também, é Catolândia o menor município da Bahia em população, com pouco mais de 3,4 mil habitantes. Localizada no oeste do estado, a cidade fica a 888 km de Salvador e 25 km de Barreiras. 

Quer saber quanto a cidade arrecada e têm  enquanto Pib de sobrevivência? R$ 22 354,47, isto mesmo! Vinte e dois mil reais e quarenta e sete centavos. Se você achou estranho veja agora  Serra da Saudade, em Minas Gerais, que, com apenas 854 habitantes, possui uma estrutura administrativa completa, incluindo prefeito, vice-prefeito e nove vereadores. Outra cidade, Borá, em São Paulo, conta com apenas 928 moradores e poderia facilmente ser incorporada a um município maior e próximo, como Marília, reduzindo custos de gestão pública. No entanto, esses municípios demandam investimentos que poderiam ser otimizados em áreas prioritárias como saúde, educação e infraestrutura.
Desse modo, voltado aqui para a Bahia, justifica-se, a falência financeira do Estado que coloca o Ente-Federalizado, no maior pedinte do Brasil em empréstimos, para a movimentar a maquina pública e continuar a manutenção de pequenas cidades com baixa densidade populacional isso gera um custo desproporcional, só para se ter uma ideia, em menos de dois anos, o governador Jerônimo Rodrigues, já fez 11 solicitações de empréstimo. O nono pedido foi aprovado pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Desta vez, a gestão estadual foi autorizada a captar R$ 150 milhões, junto à Caixa Econômica Federal. O petista já acumula cerca de R$ 6,1 bilhões em operações de créditos aprovadas.
A questão levanta um debate necessário: até que ponto vale manter um modelo de governança que, em muitos casos, poderia ser mais eficiente? Com uma reforma administrativa mais ampla e a fusão de pequenos municípios, o Brasil poderia aliviar o peso da máquina pública e redirecionar recursos para o desenvolvimento.